miércoles, 29 de enero de 2014

OLA DE CALOR MUY PROLONGADA


 Prolongada e extrema onda de calor pode atingir níveis históricos
De acordo com previsões da Metsul Meteorologia, o fim de semana teve um breve intervalo de temperatura amena no Estado, após o escaldante período de calor registrado na semana passada. No domingo, começou a ingressar uma massa de ar quente a partir do Norte do Estado, mas foi segunda (27) que a temperatura voltou a disparar. As máximas na segunda-feira atingiram 37,4ºC em Santa Cruz do Sul, 37,3ºC em Porto Alegre e Campo Bom, 37,2ºC em Teutônia e 37ºC na Base Aérea de Canoas.
No início de fevereiro, é esperado um calor pior, quando a massa de ar quente se intensificará muito sobre o Sul do Brasil. Segundo a MetSul, não só o Rio Grande do Sul vai sofrer com marcas muito acima da média nos termômetros, nos próximos 10 a 15 dias, mas também uma extensa área do Brasil (Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Paraguai, Uruguai e o Centro-Norte da Argentina). "Será um evento excepcional de calor que pode fazer deste verão o mais quente ou um dos mais quente já registrados em mais de um século de observações".
Esta nova onda de calor, ainda em seu momento inicial, deverá ser muito longa e intensa com duração de meio mês. Há indicativos de que se formará junto ao Centro da América do Sul, o que se convencionou chamar na Meteorologia dos Estados Unidos de um “heat dome”, verdadeira “bolha” gigante de ar extremamente quente, associada a persistente área de alta pressão. É verdadeira panela de pressão com ar quente aprisionado nela, e se intensificando, enquanto o ar mais frio, que poderia trazer alívio, fica bloqueado mais ao Sul da América do Sul.
A longa sequência de dias tórridos agrava o efeito da ilha de calor urbano e as cidades ficam ainda mais quentes, com noites muito quentes. Quando se estabelece uma condição de bloqueio com uma bolha de ar quente tão intensa e extensa, as ondas de calor não apenas tendem a ser muito fortes como costumam ser longas, com máximas extremas e até históricas. É muito provável que durante a primeira semana de fevereiro, tenhamos máximas mais altas que as registradas na última onda de calor da semana passada. Haverá, ao que tudo indica, máximas no Rio Grande do Sul de 41ºC a 42ºC à sombra em estações meteorológicas. Ainda não é possível afirmar se os recordes oficiais de calor do Estado de 1917 e 1943 (42,6ºC em Jaguarão e Alegrete) estão ameaçados, mas a temperatura tende a alcançar níveis extremos e vão ter relevância histórica.
As máximas nesta semana devem se situar à tarde, entre 37ºC e 39ºC no Rio Grande do Sul, sobretudo no Centro e no Oeste do Estado, incluindo a região de Porto Alegre. Por conta da variação de nuvens e das pancadas de chuva, a temperatura vai variar de um dia para o outro, mas seguirá quente e abafado. No próximo fim de semana (01 e 02 de fevereiro), especialmente no domingo (02), tende a marcar o auge do período quente, com as marcas mais extremas, acima dos 40ºC. Será quando o centro do bolsão de ar mais quente estará sobre o Sul do Brasil.
A Metsul alerta que esta nova onda de calor poderá ter impacto econômico e social. Há a possibilidade de mais transtornos para a população por falta de luz e de água, com novos recordes de demanda e consumo. No campo, a soja terá estresse pelo calor excessivo e a intensa insolação, e ainda a avicultura pode sofrer mais perdas por mortes de frangos pela temperatura alta. Tomado de agora de rgs br 

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