GOVERNO DO RIO ALERTA
PARA TRANSMISSÃO DE CHIKUNGUNYA NO CARNAVAL
% 20 CA população do
Rio não tem imunidade para o vírus chikungunya. Portanto, é um vírus que
preocupa%u201D, afirmou o subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado do Rio Agência Brasil
FOTO LUIS MUJICA Junto com o verão, a estação mais celebrada do ano, chega ao
Rio de Janeiro um pesadelo, a alta proliferação do mosquito Aedes aegypti. O
inseto é transmissor da dengue, da zika e da chikungunya, doenças que debilitam
e podem deixar sequelas graves. Neste 2018, o governo está em alerta para uma
epidemia de chikungunya. A orientação é reforçar a eliminação de criadouros
dentro e ao redor de casa.
“Estamos chegando agora no período de maior risco de
transmissão, que aqui no Rio de Janeiro ocorre no final de fevereiro, nos meses
de março e abril e é, portanto, que esse mês de janeiro, agora, é fundamental
para que as ações [de prevenção] sejam intensificadas”, disse o subsecretário
de Vigilância em Saúde do Estado do Rio, Alexandre Chieppe. “A população do Rio
não tem imunidade para o vírus chikungunya. Portanto, é um vírus que preocupa”.
O pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Rivaldo
Venâncio explica que o Rio tem todas as características que favorecem o Aedes.
A reprodução do mosquito depende do calor, comum no verão, assim como chuvas e
temporais. É que as larvas do mosquito precisam da água para se desenvolver. O
médico infectologista faz coro ao programa que incentiva pessoas a tirarem dez
minutos para eliminar focos em casa, em pratos de plantas e no lixo.
Depois de um período de estabilidade, Venâncio alerta que a
população não está livre da dengue, mas tem uma imunidade maior. Como a dengue
já circulou no estado, principalmente os tipos 1 e 4, a tendência é que
crianças sejam as mais afetadas. A zika também merece cautela, lembra. “É muito
cedo para dizer que não teremos mais uma epidemia. Tem muita gente com zika
sendo diagnosticada com dengue”, denuncia, preocupado com falhas na atenção
básica, por conta de cortes no orçamento da saúde.
Também pesquisador da Fiocruz, Luciano Moreira explica que a
transmissão das arboviroses como as citadas ocorre quando o mosquito pica uma
pessoa infectada e depois uma outra, passando a doença. “Por isso, em uma
epidemia, a chance de o vírus se espalhar é maior”. Ele coordena, no Rio, um
projeto que libera mosquitos infectados com a bactéria wolbachia, inofensiva ao
homem, mas que impede a transmissão dos vírus pelo Aedes.
Prefeitura
No Rio, a prefeitura disse que espera taxas de infecção
menores que as de 2017 e monitorará, por meio eletrônico, os logradouros com
possíveis focos do inseto. No ano passado, 3 mil pessoas tiveram dengue, 1,5
mil chikungunya e cerca de 600, zika. “A incidência das doenças foi baixa e
pretendemos que permaneça baixa”, disse o prefeito Marcello Crivela.
Já em todo o estado foram notificados 3 mil casos suspeitos
de chikungunya, 4 mil de zika e 10 mil de dengue. Os números, pela análise da
Secretaria Estadual de Saúde, representam um cenário tranquilo, de baixa
transmissão. No auge da epidemia de dengue, por exemplo, as notificações de
doentes ultrapassaram 250 mil casos, lembrou o subsecretário de Vigilância em
Saúde do Estado do Rio, Alexandre Chieppe.
Para lidar com o risco de uma epidemia de chikungunya, o
subsecretário garantiu que postos de saúde e hospitais da rede estadual estão
preparados. Segundo Chieppe, municípios prepararam planos de contingência, com
ações de assistência, em casos de emergência. Tomado de el correio brasiliense
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